
A Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, apresentou uma passagem aérea falsa para justificar sua ausência durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A denúncia, feita pelo procurador-geral
Paulo Gonet, indica que Torres tentou fugir de responsabilidade e encobrir omissão durante a invasão violenta aos Três Poderes em Brasília.
Segundo o portal Paparazzi Brasil, a passagem forjada, que supostamente seria de um voo entre Brasília e Orlando pela Gol com localizador “MYIDST”,
não possui registro na companhia aérea. Para a PGR, isso demonstra premeditação por parte de Torres, que alegava ter a viagem marcada com antecedência,
enquanto buscava se afastar deliberadamente do cargo em um momento crítico para a segurança nacional.
Nas alegações finais enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PGR afirmou que Torres só informou ao governador Ibaneis Rocha sobre seu substituto em 7 de janeiro, já em solo norte-americano, mostrando negligência e descompromisso com o cargo. Apesar de argumentar que suas férias começariam em 9 de janeiro, a PGR sustenta que Torres abandonou o cargo no dia 6, enquanto havia alertas de risco iminente de violência e chegada de extremistas à capital.
Documentos obtidos pelo portal Paparazzi Brasil indicam que relatórios da Força Nacional alertavam para a chegada de ônibus com manifestantes radicais,
citando termos como “tomada de poder”. Mesmo assim, Torres deixou o DF com efetivo policial reduzido, sem garantir plano de resposta rápida, enquanto parte da alta
cúpula da PMDF também estava de férias. O reforço nas forças de segurança ocorreu apenas duas horas após o início das invasões.
A defesa de Anderson Torres insiste que a viagem havia sido comprada em novembro de 2022 e que um plano de segurança estava pronto, sendo ignorado pelas forças locais. Contudo, a PGR rebate afirmando
que não houve liderança no comando da segurança, caracterizando omissão grave e tentativa de fuga de responsabilidade.
A Procuradoria pede ao STF a condenação de Torres, de Jair Bolsonaro e de outros investigados, por tentativa de golpe de Estado. O processo está
em fase final e aguarda agora as alegações das defesas antes de ser julgado pela Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Alexandre de Moraes.
O portal Paparazzi Brasil seguirá acompanhando todos os desdobramentos do caso, que se tornou símbolo da tentativa de ruptura institucional no Brasil e
dos desafios enfrentados pelas autoridades na responsabilização de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
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Todas as fontes de informação foram verificadas pelo Portal Paparazzi Brasil.
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